Covid-19: pessoas com comorbidades serão imunizadas a partir de maio; grávidas estão no grupo prioritário de vacinação

Covid-19: pessoas com comorbidades serão imunizadas a partir de maio; grávidas estão no grupo prioritário de vacinação

Última atualização em 05/02/2023, 20h10min por A Trombeta

Em maio começa uma nova fase da vacinação contra a covid-19 no país. O foco agora são as pessoas com doenças pré-existentes como problemas cardíacos e do pulmão, hipertensão arterial e diabetes que podem oferecer risco de agravamento da doença. Veja a relação completa de comorbidades do Ministério da Saúde.

Para garantir a vacinação desse grupo, o Ministério da Saúde explica que é importante que essas pessoas estejam pré-cadastradas no Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações ou em alguma unidade de saúde do SUS.

Mas, quem não tiver a inscrição vai poder tomar a vacina. Para isso, é preciso apresentar no momento da imunização, um comprovante da comorbidade, como exames, receitas, relatório médico ou prescrição médica.

A convocação desse grupo será de acordo com a idade, dos mais velhos aos mais jovens. Então os primeiros a serem convocados serão as pessoas de 55 a 59 anos, depois de 50 a 54 anos, e assim por diante.

Desde o início da campanha de vacinação, no dia 18 de janeiro, já foram distribuídas mais de 53 milhões de doses de vacinas covid-19, alcançando aproximadamente 30 milhões de pessoas. 

Até o momento foram vacinados os seguintes grupos prioritários: Trabalhadores de saúde; pessoas acima de 60 anos que morem em abrigos, pessoas com mais de 18 anos com deficiência que também morem em abrigos. Idosos a partir de 65 anos, povos indígenas, quilombolas e a população ribeirinha.

Além das Forças de segurança e salvamento e Forças Armadas as pessoas com mais de 60 anos estão sendo vacinadas conforme o calendário de cada estado, mas estão garantidas ainda nessa primeira fase de vacinação.

Ministério da Saúde inclui grávidas no grupo prioritário de vacinação

O Ministério da Saúde decidiu incluir as grávidas e puérperas (mulheres no período pós-parto) no grupo prioritário para receber a vacina contra a covid-19, informou ontem (27/04) a coordenadora do Programa Nacional de Imunização (PNI) do ministério, Franciele Francinato. 

Grávidas e puérperas (mulheres no período pós-parto) foram inseridas no grupo prioritário para receber a vacina contra a covid-19
Imagem: Pixabay

Em audiência na Câmara dos Deputados para debater a situação das vacinas no país, a coordenadora disse que a medida foi tomada em razão da situação preocupante da pandemia no Brasil e visto que grávidas e puérperas têm risco maior de hospitalização por covid-19.  “A vacinação deve começar a partir do dia 13 de maio”, informou.

Em 15 de março, o governo já tinha incluído as gestantes com comorbidades. De acordo com Franciele, uma nota técnica foi encaminhada ontem (26) aos secretários estaduais de Saúde, com as novas orientações.

“Nossa indicação é que, nesse momento, vamos alterar um pouco a recomendação da OMS [Organização Mundial de Saúde] que hoje indica a vacinação, de acordo com o custo x benefício. Mas, hoje, o risco de não vacinar gestantes no país já justifica a inclusão desse grupo para se tornar um grupo de vacinação nesse momento”, afirmou.

Apesar da mudança, de acordo com a pasta, em um primeiro momento, devem ser vacinadas as grávidas com doenças pré-existentes. De acordo com a coordenadora, serão usados as vacinas Coronavac, AstraZeneca e da Pfizer. Neste caso, o primeiro lote de entregas do imunizante deve chegar na próxima quinta-feira (29) e 1,3 milhão de doses serão distribuídos para utilização nas capitais.

Franciele disse que a medida foi tomada devido a necessidade de armazenagem das vacinas. Para manter a estabilidade do material, a vacina precisa ficar armazenada em temperaturas de -90° a -60°, por até seis meses.

No caso das capitais, as doses serão encaminhados aos centros que podem manter o imunizante em temperaturas de -20° pelo período de sete dias.

“Para a aplicação, a vacina pode ficar em temperatura de geladeira, de até 8°, por até cinco dias”, afirmou.

Grupos prioritários da vacinação após os idosos

De acordo com o Plano Nacional de Imunização – PNI do Ministério da Saúde após a vacinação dos idosos (a partir de 60 anos) serão vacinados os seguintes grupos:

Comorbidades – 17.796.450 pessoas
Pessoas com deficiência permanente – 7.749.058 pessoas
Pessoas em situação de rua – 66.963 pessoas
População privada de liberdade – 753.966 pessoas
Funcionários do sistema de privação de liberdade – 108.949 pessoas
Trabalhadores da educação do ensino básico – 2.707.200 pessoas
Trabalhadores da educação do ensino superior – 719.818 pessoas
Forças de segurança e salvamento – 584.256 pessoas
Forças Armadas – 364.036 pessoas
Trabalhadores de transporte coletivo rodoviário de passageiros – 678.264 pessoas
Trabalhadores de transporte metroviário e ferroviário – 73.504 pessoas
Trabalhadores de transporte aéreo – 116.529 pessoas
Trabalhadores de transporte de aquaviário – 41.515 pessoas
Caminhoneiros – 1.241.061 pessoas
Trabalhadores portuários – 111.397 pessoas
Trabalhadores industriais – 5.323.291 pessoas

Total de vacinados nessa fase: 38.436.257 pessoas.

Após a vacinação de todas pessoas desses grupos começará a imunização para quem tem menos de 60 anos.

Texto: Paula Castro e Luciano Nascimento/Agência Brasil
Imagem: Cremerj

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