Por que fevereiro é mês mais curto do calendário e tem um dia a mais a cada quatro anos?

Por que fevereiro é mês mais curto do calendário e tem um dia a mais a cada quatro anos?

Última atualização em 06/02/2023, 16h31min por A Trombeta

Sabe aquela curiosidade em saber por que o mês de fevereiro é sempre o mais curto do ano? Para explicar isso é necessário voltar alguns séculos na História. A maioria dos países do mundo utiliza, atualmente, o Calendário Gregoriano, promulgado em 1582  pelo Papa Gregório XIII.

A decisão desse papa, por isso Calendário Gregoriano, foi o que definiu que o mês de fevereiro teria 28 dias, e a cada quatro anos, 29, o que é chamado de ano bissexto. Mas essa redução dos dias do mês de fevereiro é explicada por uma sequência de ajustes feitos muito antes do Calendário Gregoriano, que datam desde os últimos tempos da monarquia romana.

A datação e a contagem das horas, dias e anos, o calendário, como o mundo conhece hoje,  começou a tomar forma quando os astrônomos antigos começaram a ter noção de equinócios e solstícios, ou seja, das estações do ano. Observando o céu e as estrelas, eles chegaram a conclusões que o ano solar dura 365 dias, 5 horas, 48 minutos e 47 segundos.

Além disso, eles observavam as fases da lua: nova, crescente, cheia e minguante. Cada uma durava pouco mais de 7 dias e o ciclo completo dura 29,5 dias, o que deu origem ao mês solar. Com isso, os romanos adotaram um calendário baseado nas mudanças de fases da Lua, com 355 dias distribuídos em 12 meses. O ano começava em março e terminava em fevereiro (do ano seguinte), sendo que os meses tinham 29 ou 30 dias.

Fevereiro, que era considerado de mau agouro por ter seu nome derivado de Februus, deus etrusco da morte e ficou com apenas 28 dias. Mas em 46 a.C., o imperador de Roma Júlio César fez uma mudança significativa no calendário romano: moveu janeiro e fevereiro para o começo do ano e adicionou 10 dias ao ano para chegar ao total de 365 dias.

O mês Quintilis passou a se chamar Julius (Julho) e ganhou um dia extra, 31, em homenagem ao então imperador. Fevereiro ficou com 29 dias. Esse arranjo ficou conhecido como Calendário Juliano.

Três décadas depois, em 8 a.C., o nome do oitavo mês, Sextilis, foi mudado para Augustus (Agosto), em honra ao então imperador César Augusto. Mas Augustus tinha só 30 dias, enquanto Julho tinha 31. O imperador determinou, então, que seu mês tivesse mais um dia, retirado de Fevereiro, que ficou com 28. Essa mudança ficou conhecida como Calendário Augustiano.

O que é ano bissexto?

Depois de toda essa confusão de tirar dias e colocar dias em diferentes meses, os romanos se lembraram que o ano é um pouco maior do que os 365 dias do calendário (0,242 dia, para ser exato). Então, o Imperador César Augusto decidiu também adicionar um dia extra no ano, a cada quatro anos, para acertar essa conta.

Tempos depois, com o Calendário Gregoriano, ficou acertado que esse dia extra seria o 29 de fevereiro, a cada quatro anos. Isso porque, se o ano dura 365, 25 dias, ou 365 dias e 6 horas, 24 horas (um dia) dividido por seis horas é igual a quatro.

É por isso que o ano bissexto ocorre a cada quatro anos, exceto nos anos múltiplos de 100 que não são múltiplos de 400.  O ano de 2020 é bissexto.

Fonte de apoio: Texto adaptado do Blog Museu da Roça
Imagem: Piaxabay

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