Última atualização em 31/03/2023, 8h46min por A Trombeta
Sabe aquele ditado que “se deres um limão faça uma limonada ao invés de reclamar”? Foi assim que fez o pedreiro Antonio Motta, 43 anos. Durante a pandemia da covid em que o planeta parou, Toninho Motta como é conhecido foi o primeiro caso positivo confirmado da doença no distrito de Aparecida de Monte Alto. Naqueles dias de reclusão, sem trabalhar na construção civil começou a ver algumas informações e vídeos sobre a fabricação de facas artesanais: a cutelaria.
A história da cutelaria remonta à Idade da Pedra, quando as primeiras ferramentas de pedra lascada foram criadas para cortar e raspar carne e pele de animais. Ao longo dos milênios, a cutelaria evoluiu junto com as habilidades humanas de trabalhar com metais e outras matérias-primas. Com a descoberta do fogo e a habilidade de encontrar metais, a produção de facas, espadas e outros instrumentos cortantes evoluiu rapidamente.
Após essas lições virtuais Motta resolveu experimentar fazendo uma “faquinha”. Ficou bonita e resolveu fazer outras e outras. Fui presenteando amigos e parentes. Começaram então as primeiras encomendas. Por incentivo de sua companheira Elaine resolveu postar seu artesanato nas redes sociais. Ele explica que cada peça é única e usa somente material de sucata, tanto o aço usado como a madeira dos cabos.
Motta usa discos de arados, enxadas, lâminas de serras descartadas pelas serrarias e pedaços de madeira sobras da construção civil. Hoje faz em média uma dúzia de peças por mês e tudo que produz vende rapidamente e ainda tem encomendas. “Vendo a um preço acessível, pois isso é um hobby e mesmo assim consigo um dinheiro extra para custear a faculdade de meu filho” disse o cuteleiro.
A oficina de Motta fica nos fundos da residência de seus pais em Aparecida de Monte Alto. Ele salienta que pretende expandir aos poucos e ir aprimorando cada vez mais e mantendo sempre a qualidade de seus produtos.
Hoje em dia, a cutelaria é uma indústria global, com artesãos produzindo lâminas personalizadas e empresas produzindo facas, tesouras e outras ferramentas cortantes para uso em todo o mundo.
A cutelaria continua a ser uma arte refinada, com muitos artesãos dedicando suas vidas a aprimorar suas habilidades e produzir lâminas de alta qualidade.
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