Última atualização em 01/10/2023, 19h46min por A Trombeta
A cantoria das cigarras produzia um ciciar uníssono em alto e bom tom já às 6h deste domingo (24/09), quando apontaram os primeiros itapolitanos pelo espigão da Rua José Agustoni.
Após um trecho de 54 quilômetros, o pedreiro Afonso Arcieri, 69 anos e o carpinteiro Marcio Barbosa, de 53 anos, foram os primeiros de uma fila com mais de 120 peregrinos que fizeram o Caminho de Montesina, a maior até o momento. Uma rota de peregrinação que tem como ponto zero a Capela Nossa Senhora Aparecida e destino final o Santuário de Nossa Senhora da Conceição Montesina em Aparecida de Monte Alto. O trajeto passa por Tapinas, Botelho e Fernando Prestes e o peregrino caminha por estradas vicinais asfaltadas e em terra batida.
O Caminho de Montesina surgiu em 2016 por iniciativa do economista Eduardo Miarelli, 39 anos, “após ter alcançado uma graça na cura de seu filho”. No caminho deste domingo Eduardo estava com os caminheiros. Foram dois grupos que saíram de Itápolis com chegada prevista para domingo pela manhã. O primeiro, com 20 homens e mulheres, saiu no sábado as 4h e chegou até Botelho as 11h, onde pernoitou. O segundo e maior grupo, com mais de 100 participantes, saiu na noite do sábado as 18h45 e fizeram os 54 quilômetros de uma só vez. Ambos os grupos combinaram se encontrar em Botelho e seguir a caminhada até Montesina.
O caminho idealizado por Miarelli, com a ajuda de alguns colaboradores é bem sinalizado e além do viés religioso, o caminheiro pode comtemplar a natureza, com trechos de agricultura, capões de mato, vários rios e riachos, entre eles o Ribeirão dos Porcos e Onça, com a possibilidade de avistamento de pássaros e animais, além da contemplação da natureza. O grupo de organizadores pretende ir aprimorando o caminho com pontos de apoio, manter a sinalização, emissão de certificado, indicações de pontos de avistamentos e contemplação no trajeto, entre outras melhorias.
Publicidade
