Uso de cigarros eletrônicos é associado ao “pulmão de pipoca”, alertam especialistas

Uso de cigarros eletrônicos é associado ao “pulmão de pipoca”, alertam especialistas

Última atualização em 24/10/2025, 4h47min por A Trombeta

Doença rara e sem cura, antes vista em fábricas de pipoca, volta a aparecer ligada ao uso de cigarros eletrônicos

Uma doença pulmonar rara e grave está voltando a preocupar médicos e autoridades de saúde: o “pulmão de pipoca”, nome popular da bronquiolite obliterante, inflamação que destrói pequenas vias aéreas dos pulmões e pode causar falta de ar permanente.

O apelido curioso surgiu nos Estados Unidos, nos anos 2000, quando funcionários de fábricas de pipoca de micro-ondas adoeceram após inalar diacetil, substância usada para dar sabor amanteigado aos alimentos. Agora, o mesmo composto foi identificado em líquidos de cigarros eletrônicos (vapes), levantando uma nova onda de preocupação.

Segundo o portal R7 Saúde, o diacetil e outros aromatizantes estão presentes em diversos líquidos para vapes, mesmo quando não aparecem nos rótulos. Ao ser inalado, o produto químico causa inflamações severas nos bronquíolos, levando a tosse persistente, chiado e dificuldade para respirar — sintomas facilmente confundidos com bronquite ou asma.

Em 2025, o Olhar Digital relatou o caso de uma adolescente norte-americana de 17 anos diagnosticada com “pulmão de pipoca” após três anos de uso de vape. No Brasil, o Jornal do Médico  aponta que médicos já observam quadros respiratórios graves em jovens usuários desses dispositivos.

A bronquiolite obliterante não tem cura. O tratamento se limita a reduzir os sintomas e impedir o avanço da doença. Em situações críticas, o transplante pulmonar pode ser a única alternativa.

Apesar da proibição da Anvisa desde 2009, os cigarros eletrônicos seguem em expansão no país. Estimativas citadas pela Revista Galileu indicam que mais de 2,5 milhões de brasileiros já experimentaram o vape. Entre os atrativos, estão os sabores adocicados e a falsa sensação de segurança em relação ao cigarro tradicional.

Especialistas alertam que essa ideia é enganosa. “Os vapes não são inofensivos. Eles contêm substâncias tóxicas e podem causar doenças irreversíveis”, afirma reportagem do Gizmodo Brasil.

O chamado “pulmão de pipoca” serve como lembrete de que o vapor perfumado dos cigarros eletrônicos pode esconder riscos sérios à saúde. Para os médicos, a mensagem é direta: não existe vape seguro — e a melhor prevenção é não começar a usar.

Imagem de capa meramente ilustrativa: Pixabay

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