Última atualização em 21/01/2021, 13h06min por A Trombeta
Na manhã de hoje (21/01) teve início no município de Fernando Prestes a campanha de vacinação contra a Covid19 e a primeira a receber a dose da CoranaVac foi Aparecida Franciani Agustoni, Auxiliar de Enfermagem que atua na Unidade Básica de Saúde “Bento Franzoni”.
Segundo Maria Ester Tasso Amado, secretária municipal de Saúde o primeiro lote que o município recebeu é bem limitado e será priorizado conforme o cronograma do Plano Nacional de Imunização – PNI, primeiramente os profissionais que atuam na área da Saúde que constam da fase 1.
Ainda segundo a secretária de acordo que o município for recebendo as doses da vacina serão atendidos as demais pessoas constantes nas fases seguintes.
O município de Fernando Prestes, como está ocorrendo em outras cidades de todo o país passa por aumento crescente dos casos de Covid19. No período entre 30/12/2020 até 19/01, os casos confirmados da doença aumentaram em 29,5% passando de 169 para 219 pessoas infectadas. As notificações de pessoas suspeitas, segundo os boletins epidemiológicos teve um aumento assustador em 889% saindo de nove (9) em 30/12 para 89 em 19/01.
Fernando Villar, médico infectologista que atua na Unidade Covid19 do Hospital das Clinicas de Ribeirão, disse que outro fator que proporcionou o aumento dos casos de Covid19 foi o cansaço das pessoas em manter as medidas de prevenção e também as festas do final do ano que está refletindo agora.
O médico alerta que é necessário um pouco mais de esforço por parte da população tendo em vista a chegada da vacina. “Apesar da vacina estar chegando devemos estar atentos e manter as precauções como o uso de máscaras, álcool em gel, distanciamento social e principalmente não participar e nem promover aglomerações” concluiu Villar.
Saiba quem serão os primeiros vacinados
Segundo informações divulgadas pelo Ministério da Saúde no último domingo (17/01), os primeiros vacinados serão trabalhadores da Saúde (34% deles), população indígena em seus territórios, pessoas com deficiência institucionalizadas e pessoas com 60 anos ou mais institucionalizadas.
Dentre esses grupos, os que receberão a maior quantidade das vacinas neste primeiro momento serão os profissionais da saúde – com mais de 2,2 milhões de imunizados em todo o país –, seguido pelos indígenas – 431 mil –, pelos idosos – cerca de 156 mil – e, por fim, pelos deficientes – pouco mais de 6 mil imunizados.
Já o Plano Nacional De Imunização divulgado pelo governo federal em dezembro informava que o grupo prioritário de brasileiros para receber a vacina contra a Covid-19 inclui, ao todo, 54 milhões de pessoas.
O primeiro grupo, segundo o plano, é formado pelos trabalhadores de saúde (quase 5,9 milhões de pessoas), seguidos pelas pessoas com 80 anos de idade ou mais (4,2 milhões), pessos com 75 a 79 anos (3,4 milhões), pessoas com 60 anos ou mais institucionalizadas (198 mil), e indígenas (410 mil).
Na época da divulgação do plano, no entanto, o governo não previa a inclusão de deficientes já nessa primeira fase de vacinação.
Depois, na segunda fase do PNI, seriam imunizados pessoas com 70 a 74 anos (5,1 milhões), pessoas com 65 a 69 anos (7 milhões), pessoas com 60 a 64 anos (9 milhões).
Na terceira fase de imunização entram as pessoas com comorbidades como diabetes, hipertensão, doença pulmonar, entre outras. Esse grupo é composto por 12,6 milhões de brasileiros.
Por fim, na 4ª fase de vacinação o PNI prevê a imunização de professores (2,3 milhões de pessoas), de membros das forças de segurança e salvamento (850 mil) e de funcionários do sistema prisional (144 mil).
Falta de insumos
No entanto é necessário ressaltar, que apesar das prioridades elencadas serem mantidas, o cronograma deve ser alterado devido a falta de insumos para a produção das vacinas.
Segundo a Agência Brasil, o ingrediente farmacêutico ativo (IFA), usado para a produção do imunizante da AstraZeneca, é fornecido pela China e, no momento, está retido em uma empresa do país asiático.
Sem o produto, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que fabricará as vacinas no Brasil, teve que adiar para março a entrega das primeiras doses, que estavam previstas para o mês que vem.
Problema semelhante vem sendo enfrentado pelo Instituto Butantan, que produz a vacina CoronaVac e também depende da importação do IFA da China.
Em nota, a Secretaria Especial de Comunicação, vinculada ao Ministério das Comunicações, informou que o governo brasileiro vem mantendo negociações com o governo chinês para solucionar o impasse.
Fonte de apoio: Agência Brasil e CNN Brasil