Última atualização em 25/07/2023, 5h25min por A Trombeta
No último dia 09 de julho os paulistas comemoraram a Revolução Constitucionalista que aconteceu em 1932 e durante esse episódio foram confeccionadas cédulas de dinheiro conhecidas como “dinheiro paulista”. Essas cédulas foram produzidas pela Junta Revolucionária de São Paulo, que assumiu o controle da região durante o conflito.
As cédulas do “dinheiro paulista” tinham como objetivo suprir a falta de moeda circulante na região e eram utilizadas para facilitar as transações comerciais durante o período da revolução. As notas eram exclusivas em diferentes valores, como 1 mil réis, 2 mil réis, 5 mil réis, 10 mil réis, 20 mil réis, 50 mil réis e 100 mil réis.
Essas cédulas apresentavam características distintas em relação às notas privadas pelo governo central. Geralmente, possuíam design próprio, com símbolos e inscrições alusivas à Revolução Constitucionalista, como a bandeira do estado de São Paulo, a inscrição “Revolução Paulista” e imagens relacionadas aos ideais do movimento.
No entanto, é importante ressaltar que o “dinheiro paulista” não tinha valor legal fora do território controlado pela Junta Revolucionária de São Paulo e não era reconhecido pelas autoridades federais. Após o fim do conflito, as notas perderam sua validade e não foram mais utilizadas como moeda.
Segundo Milton Trunfin, numismólogo e colecionador as cédulas do “dinheiro paulista” são consideradas itens históricos e colecionáveis. Elas possuem um valor significativo para os numismatas e para a compreensão da história da Revolução Constitucionalista de 1932.
Na galeria, a maioria das cédulas possuem um “buraco” de invalidação, que ocorreu quando terminou a revolução e esse dinheiro que deveria ser incinerado acabou voltando para as mãos de colecionadores.
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